Proporemos, assim, uma outra situação. Um mendigo, sem dinheiro, sem um lar, sem uma família, sem nada para comer (evidentemente desnecessárias essas últimas falas, sem dinheiro nada se faz, nada se tem), a beira de sua morte por desnutrição, vê como única opção para sua sobrevivência a caça. Rodeado de prédios, carros e asfalto, visualiza sua primeira presa: um homem alto, rechonchudo. Num só golpe, a caça é findada com sucesso e o pobre homem vence sua luta pela vida.
Mais além, um pai de família escuta de seu filho: "Pai, estou com fome". Abre a geladeira, nada tem, no seu bolso, nem uma moeda. Limitado pelo dinheiro de conseguir um alimento não apenas para sua própria sobrevivência, mas para a sobrevivência de sua família, esse vê a caça como sua única opção. Caçar para comer. E, novamente, rodeado de um espaço urbano (antes repleto de árvores e animais em liberdade), a caça humana é sua última esperança para perpetuar a vida de sua família.Mas não há problemas, afinal, é a Lei da Natureza.
Carne de vaca, carne de frango, carne de avestruz, carne de peixe, CARNE HUMANA, é tudo a mesma coisa, meros mecanismos de sobrevivência.
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