quarta-feira, 24 de outubro de 2012

De Olhos Bem Fechados*



O hábito de comer carne, no atual sistema, contraria a própria ideia de sustentabilidade tão proposta atualmente. Afinal, é fato que comer carne é mais prejudicial ao planeta do que comer só vegetais. Desperdício de água e terras para a alimentação do gado - soja - e a criação desse, quando poderiam servir de moradia para os sem terra ou para a plantação dos com fome ou até mesmo para a preservação do ecossistema natural ou sua reestruturação; poluição com restos inaproveitáveis dos animais e insumos agrícolas; desperdiça também, por incrível que pareça, mais vegetais, uma vez que os bichos que serão ingeridos também comem vegetais, então comendo um animal, você está ingerindo os vegetais indiretamente e numa maior escala – Existe uma contatação biológica que a cada passagem de nível trófico, só se aproveita 10% da biomassa. Ou seja, os animais criados tem que ingerir muito vegetal, uma vez que 90% será desperdiçado, para depois você ingeri-los e tornar a desperdiçar 90%. Enquanto na dieta vegetariana o processo só tem uma etapa

Comedor de carne: 100% - 10% - 1%
Vegetariano: 100% - 10%

Vê-se claramente que para se conseguir a quantidade necessária de energia, uma pessoa carnívora há de consumir direta e indiretamente, em média, 10 vezes mais alimento do que uma pessoa que baseia sua dieta em vegetais.

Sem falar da questão de saúde e de empatia para com os animais.

Vale ressaltar, que tenho em mente que comer vegetais sem ser orgânicos atualmente também não faz bem para a saúde pessoal e para a do planeta. Contudo, repito que os animais usado pela a indústria alimentícia também se alimentam com os mesmos vegetais. Portanto, além do fenômeno da magnificação trófica (acumulação de toxinas a cada passagem de nível trófico, ou seja, os animais comidos acumularam todas as toxinas dos vegetais por eles ingeridos), é importante observar que comendo um pedaço de bife se ingere muito mais soja do que um singelo prato de salada de soja vegana (particularmente, não como soja, mas se comesse ainda seria menos prejudicial do que ingerir um pedaço bife).

É importante tentar abrir os olhos frente a uma realidade que as pessoas as vezes costumam desconhecer, tal manipulado é o sistema.

Retirei alguns dados da cartilha da SVB (http://www.svb.org.br/vegetarianismo/index.php?option=com_content&view=article&id=274:impactos-ambientais-da-produ-de-carne&catid=117:svb-notas&Itemid=212 ), mas recomento a sua leitura integral.

Lendo isso, gostaria de saber se ainda assim existe algum motivo para continuar sustentando essa indústria. O boicote é a nossa arma!

No Brasil, em média, um quilo de carne bovina é responsável por:
• 10 mil metros quadrados de floresta desmatada
• consumo de 15 mil litros de água doce limpa
• despejo de boro, fósforo, mercúrio, bromo, chumbo, arsênico, cloro entre outros elementos tóxicos provenientes de fertilizantes e defensivos agrícolas, que se infiltram no solo e atingem os lençóis freáticos
• descarte de efluentes como sangue, urina, gorduras, vísceras, fezes, ossos e outros, que acabam chegando aos rios e oceanos depois de contaminarem solo e aqüíferos subterrâneos
• despejo no meio ambiente de antibióticos, hormônios,analgésicos, bactericidas, inseticidas, fungicidas, vacinas e outros fármacos, via urina, fezes, sangue e vísceras, que inevitavelmente atingem os lençóis freáticos

No Brasil, segundo o Instituto CEPA, um boi precisa de um a quatro hectares de terra e produz, em média, 210 kg de carne, no período de quatro a cinco anos. No mesmo tempo e na mesma quantidade de terra, produz-se, em média:
8 ton de feijão
19 ton de arroz
22 ton de maçã
23 ton de trigo
32 ton de soja
34 ton de milho
35 ton de cenoura
44 ton de batata
56 ton de tomate
Sem falar que é possível obter duas ou até três safras por ano desses vegetais combinados, aumentando bastante essas quantidades.

Litros de água usados em média para produzir 1kg de alimentos na Califórnia: 
Tomate 39
Feijão 195
Frango 1.397
Trigo 42
Leite 222
Porco 2.794
Batata 48
Ovos 932
Boi 8.931
Fonte: EarthSave Foundation

Impacto Profundo: 
*Até 2006, 29% das espécies de peixes e frutos do mar entraram em colapso. Isto é, o rendimento da pesca caiu mais de 90%
*Para cada quilo de camarão, “sobram” até 20 quilos de organismos mortos.
*Cerca de mil mamíferos marinhos são capturados e mortos todos os dias,“sem querer”, por redes de arrastão: golfinhos, botos, toninhas, focas e até baleias. Calcula-se que, cada ano, até 150 mil tartarugas marinhas sejam vitimadas pelas mesmas armadilhas submarinas supostamente feitas para camarões.
*Para armar os tanques e cercados para a criação de espécies aquáticas em cativeiro, já se eliminou metade dos manguezais da Terra, e pelo menos um terço dos brasileiros. Incrivelmente, a taxa de destruição dos mangues já é maior do que das florestas tropicais.


Área desmatada na Amazônia para criação de gado


*Filme de Stanley Kubrick

terça-feira, 22 de maio de 2012

Sábios (nem sempre)

"O primeiro que, tendo cercado um terreno, se lembrou de dizer: 'Isto é meu', e encontrou pessoas bastantes simples para o acreditar, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não teria poupado ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou tapando os buracos, tivesse gritado aos seus semelhantes: 'Livrai-vos de escutar esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos, e a terra de ninguém!'"
(Discurso Sobre a Origem das Desigualdades - Jean-Jacques Rousseau)




sábado, 24 de março de 2012

Sábios


"Liberdade: é a possibilidade de agir, sem fazer intervir, nas decisões a tomar, o medo de um castigo societário, isto é, por ameaça de fome, coação de corpo ou censura - a não ser que essa venha de um amigo."
O Princípio Anarquista e Outros Ensaios
Piotr Kropotkin


 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Sessão Pipoca (sem manteiga)


ZEITGEIST: MOVING FORWARD


“O que é aceitável e respeitável na nossa sociedade é uma coisa altamente arbritária”
Numa abordagem muito mais filosófica, o pessoal do Zietgeist volta com questionamentos que destroem muitos mitos. Os desenganos humanos e as armadilhas criadas em função do lucro e do desejo de poder de alguns, levando a mente humana a se viciar em padrões danosos para ela e para o planeta.

O documentário junta-se aos movimentos que clamam por uma mudança nos paradigmas que regem a nossa sociedade, para um modelo baseado em recursos, sustentável.
Esse filme, como os dois primeiros da série, é inteligente e sedutor e também já está se mostrando como um dos filmes mais baixados da Internet.



Sábios (nem sempre)

"(...) Onde não há amor, de que servirá a beleza? De que serve o espírito a pessoas que não falam, e a astúcia às que não têm negócios? Ouço sempre repetir que os mais fortes oprimirão os fracos. Mas, que me expliquem o que querem dizer com a palavra opressão. Uns dominarão com violência, outros gemerão sujeitos a todos os seus caprichos. Eis, precisamente, o que se observa entre nós; mas, não vejo como se poderia dizer o mesmo dos selvagens, a quem seria dificílimo fazer perceber o que é servidão e dominação. Um homem poderá se apoderar dos frutos colhidos por outro, da caça que o outro matou, do antro que lhe servia de asilo; mas, como poderá conseguir fazer-se obedecer? E quais poderiam ser as cadeias da dependência entre homens que não possuíam nada? Se me expulsam de uma árvore, estou livre para ir para outra; se me atormentam em um lugar, quem me impedirá de passar para outro? Se encontro um homem de força muito superior à minha, e, além disso, muito depravado, muito preguiçoso e muito feroz, para me constranger a prover à sua subsistência enquanto ele permanece ocioso, é preciso que ele se resolva a não me perder de vista um só instante, que me deixe amarrado com grande cuidado enquanto dorme, de medo que eu escape ou que o mate; isto é, fica obrigado a se expor voluntariamente a um trabalho muito maior do que o que quer evitar, e do que o que me dá a mim mesmo. Depois de tudo isso, sua vigilância se relaxa por um momento, um barulho imprevisto fá-lo voltar a cabeça: dou vinte passos na floresta, meus ferros se quebram, e nunca mais me tornará a ver (...)"
Discurso Sobre a Origem das Desigualdades
Jean-Jacques Rousseau

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Brasil, o país da ignorância


Não há nada de errado em praticar esportes, isso quase todos concordam. Mas, como muitas outras atitudes ao chegar na época moderna em que vivemos, eles se tornaram parte de um todo estúpido e desnecessáro.

O futebol domina o Brasil. Todo garoto há de possuir seu time e ser um jogador desde recém-nascido, quando ganha um pequeno uniforme de seu tio viciado, e as garotas estão caminhando para o mesmo patamar. Todos, então, ao atingir certa idade estabelecem (ou são obrigados a estabelecer por meio de pressões sociais - família, amigos) um time "de coração" e com ele ganham um novo objetivo: defendê-lo a todo custo, ficar feliz quando ele vencer e triste quando ele perder. Triste ao ponto de brigar, triste ao ponto de atirar, triste ao ponto de matar. Afinal, o time "de coração"'é a coisa mais importante de nossas vidas. Quando ele está jogando, o assistimos e quando não está, brigamos para provar que nosso time é melhor e portanto somos melhores também.

Evidentemente, o amor pelo futebol na sociedade capitalista transpõe o lado emocional e exibe claramente o seu lado consumista. Isto é, o futebol se tornou mais um meio de manipulação das marionetes da vida moderna e uma maneira fácil de lhes arrancar seu precioso dinheiro. Seu filho quer cortar o cabelo como tal jogador? Que ir a todos os jogos (pagos, é claro)? Quer aquela "camisa oficial" que custa uma fortuna? São produtos e mais produtos que estampam o emblema do time A, B ou C e induzem uma vontade incontrolável de os possuir. Seus filhos estão sendo manipulados, seu marido está sendo manipulado, você está sendo manipulada. Ou ainda, nunca reparaste que um número crescente de propagandas vem exibindo jogadores de futebol? Por que será?

Ganhamos também um evento especial, o evento mais importante de nossas vidas. A cada 4 anos, é o momento em que todos olham para o mesmo ponto, todos os olhares e pensamentos convergem. E melhor ainda, traremos a causa desse momento para o Brasil. Todos ficarão felizes, todos os cortadores de cana-de-açúcar que trabalham como escravos ficarão felizes, todos os índios que perdem seu território ficarão felizes, todos os moradores de rua ficarão felizes, todos os animais torturados que são o prato principal do brasil ficarão felizes, toda a floresta queimada ficará feliz. Todos ficarão felizes com o trânsito infernal, com a super lotação dos lugares, com o aumento absurdo dos impostos e dos preços dos produtos, com acréscimo de lixos nas ruas. Sim, todos nós ficaremos felizes.

O futebol é conhecido como um meio de unir as pessoas que normalmente é percibido (ilusoriamente) no período de copa do mundo. Contudo, o que ele faz é extamente o oposto. Separa a sociedade em grupos que se odeiam e que focam o pensamente em brigar, ou seja, alienam-se e esquecem as atitudes  importantes que realmente uniriam as pessoas e transformariam o mundo em um lugar melhor para todos. Na copa do mundo, por exmplo, ao invés de gastar 2 horas por jogo as 180 milhoões de pessoas que dizem estar unidas poderiam tomar uma boa atitude cada uma e assim mudar o mundo. Permanecer esse tempo sentado no sofá é se entregar como fantoche e assim fechar os olhos frente a árdua realidade por trás dos campos de futebol. E é por isso que a vida não pode ser baseada no futebol. Do modo como as coisas estão é necessário muito mais que 10 horas de atidudes boas a cada 4 anos para que possamos realmente nos unir e viver em paz.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Sábios


"Se matamos uma pessoa somos assassinos. Se matamos milhões de homens, celebram-nos como heróis"
Charles Chaplin

(SPOILER)


Esse vídeo foi retirado do filme "O Grande Ditador", do diretor Charles Chaplin. Sugerimos uma Sessão Pipoca (sem manteiga) do filme completo.


Sinopse: 
Em meio a Segunda Grande Guerra Mundial, judeus estavam sendo esmagados pelo preconceito alemão. Chaplin, genialmente, interpreta os dois protagonistas da história: o ditador Adenoid Hynkel (em clara referência a Hitler) e o barbeiro Judeu. Irônico e atrevido, este filme lhe causou sua expulsão dos Estados Unidos, mas criou também uma obra-prima única com uma das melhores mensagens anti-guerra já transmitidas ao homem.


Link para download (Inglês-Legendas em português): http://www.megaupload.com/?d=R3XI07BQ

Nascido Para Matar*

Militar é como se denominam certas organizações que utilizam a força para "defesa do seu território"(ataque do território de todos). Uma invenção do início da civilização humana, quando haviam inúmeros perigos e guerras, e que conseguiu perdurar até os dias de hoje. Ela entra no grupo das múltiplas tradições que deveriam ter cessado de existir, mas continuam triunfando devido a ganância e o individualismo da grande maioria dos humanos, e as únicas bases que são utilizadas para defender a necessidade desse tipo de organização também pertencem a esse grupo.

"Temos de nos defender dos outros países" - Por que eles nos atacariam?
1- Porque querem tomar posse de algo que pertence a todos para se tornarem superiores
2- Porque sofreram ataques devido a primeira causa e agora não conseguem se sustentar

"É necessária uma segurança interna no país"
1-  A ideia de país (nacionalismo) também entra no grupo das tradições a serem perdidas
2- Só é necessário que haja imposição de força na população porque essa é constantemente injustiçada por aqueles que possuem poder

"Disciplina e Coragem"
A frase que descreveria melhor as características inerentes a militares seria: Ignorância e Alienação. Ou julgas que obedecer ordens inquestionavelmente é uma atitude digna daqueles que pensam?

E para aqueles que acreditavam que só a existência dessa organização já é absurda, existe um último e horrível fato: o alistamento militar, no Brasil, é obrigatório. Isto é, todo brasileiro do sexo masculino ao atingir a idade de 18 anos é obrigado a contribuir com esse insulto a razão. E o que ocorre caso ele se negue a contribuir? Ele provavelmente será ridicularizado por marionetes do exército - habilitados a fazer uso da agressão física e moral - e talvez seja, inclusive, escolhido para se tornar um militar oficial. E, se continuar negando, será preso, isto é, perderá sua liberdade simplesmente pelo fato de não concordar com costumes arcaicos - ou não consideras arcaico aquilo que afirma, mesmo que indiretamente, que homens devem ser aqueles que lutam e defendem todos, uma vez que mulheres, velhos e crianças são fracos e indefesos? Vale ressaltar, que até mesmo para entrar na universidade pública é indispensável que as tuas obrigações militares estejam em dia. Ou seja, até o aprendizado lhe será negado caso recuses ser mais um fantoche da vida moderna.

"O serviço militar obrigatório é o último estágio de violência que o governo utiliza para manter íntegra a estrutura do poder e é o limite extremo a que pode chegar a submissão humana" 
Raul Seixas


*Filme dirigido por Stanley Kubrick 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Sessão Pipoca (sem manteiga)

STORY OF STUFF

(EUA, 2007, 20 min. Direção: Louis Fox)

Você sabia que das 100 maiores economias do planeta, 51 são corporações e apenas 49% são países?


Story of Stuff é um documentário educativo apresentado diretamente no site www.storyoffstuff.com , que presenta importantes informações sobre questões ambientais e sociais dentro da temática do consumo de produtos, assunto esse urgente e de vital importância para a sobrevivência de todo o planeta.
Story of Stuff é um documentário rápido e repleto de fatos, que olha para o interior dos padrões do nosso sistema de extração, produção, consumo e lixo. Desde a sua extracção, transformação até à sua venda, uso e disposição, todas as coisas que compramos e usamos na nossa vida afetam as sociedades e o ambiente a nível local e mundial. Normalmente as consequências de um consumo descuidado são desastrosas em vários níveis, mas a maioria destes fatos são, por vários motivos, propositadamente manipulados e escondidos dos nossos olhos pelas empresas e políticos, cujos objetivos principais são o lucro e o poder, sendo esses obtidos ao promover um consumo exacerbado que só pode ser realizado à custa de sofrimento, exploração e destruição ambiental.
Story of Stuff expõe, assim, as conexões entre um enorme número de importantes questões ambientais e sociais, demonstrando com fatos que ao consumirmos de forma inconsciente e desmedida, estamos a destruir o mundo e a nos auto-destruir. E assim nos apela a criar uma maior consciência do problema e um mundo mais sustentável e justo para todos.


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

War Pigs*


Saiba quanto trabalho escravo você consome

Autor: Sara Nanni


É desanimador, mas a humanidade ainda não se livrou do trabalho escravo. Parece coisa do século 19, mas ele ainda permeia nossa sociedade, levando milhares de pessoas a se sujeitarem a condições humilhantes de trabalho.

Segundo estimativas da organização Slavery Footprint, um jovem brasileiro com pouco mais de 20 anos, que paga aluguel, tem uma bicicleta, vários pares de tênis e equipamentos eletrônicos, consome o trabalho de aproximadamente 60 pessoas submetidas a trabalhar como se fossem escravas.

Os dados da Slavery Footprint são alarmantes. No mundo, há 27 milhões de trabalhadores forçados. Para a OIT (Organização Mundial do Trabalho), o número é menor e chega a mais de 12 milhões de pessoas, mas não deixa de ser assustador. No Brasil, nos últimos 15 anos, mais de 36 mil pessoas foram resgatadas do trabalho escravo, de acordo com o Ministério do Trabalho.

Para tentar conscientizar as pessoas sobre a realidade do trabalho escravo no mundo, buscando a mudança de hábitos de compra, a Slavery Footprint criou um questionário on-line, no qual você deverá detalhar como é a sua alimentação e quanto você possui de jóias, roupas, sapatos e aparelhos eletrônicos. Por trás de um inocente tênis de marca, pode estar o sofrimento de alguém que é explorado para baixar custos e elevar os lucros.

A Zara, badalada marca internacional de roupa, já foi flagrada três vezes por equipes de fiscalização do governo federal explorando trabalhadores estrangeiros na cidade de São Paulo. A Nike é outro mau exemplo, que já foi denunciado até por trabalho infantil nos países em desenvolvimento, onde mantém suas fábricas.

O cálculo não informa marcas, mas tem base em informações sobre os processos de fabricação dos 400 produtos mais consumidos no mundo. Esses dados são coletados pelo Departamento de Monitoramento e Combate ao Tráfico de Pessoas, Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, pela Transparência Internacional e OIT.

O objetivo também é mostrar às fabricantes das marcas mais famosas do mundo, que os consumidores querem ficar atentos à forma como elas conduzem suas práticas trabalhistas.

Faça o cálculo do quanto você consome de trabalho escravo, e reflita sobre o que você pode fazer para melhorar essa realidade: http://www.slaveryfootprint.org

O que gera o trabalho escravo?

Diferente do que acontecia no século 19, quando índios e negros eram caçados e forçados ao trabalho escravo sob ameaça de morte, hoje é a desigualdade social que propicia a manutenção da escravidão. Uma grande massa de pobres e desempregados é aliciada pelas empresas e grandes corporações, acreditando que conseguiram um emprego, e depois são enganadas e expostas a uma realidade cruel.

É claro que o consumidor está na fase final da linha de produção do trabalho escravo. Mas ele pode contribuir para reverter essa situação boicotando marcas e pensando melhor antes de consumir determinados produtos. E até mesmo protestando e reclamando abertamente junto às marcas que promovem processos escusos de fabricação de produtos. Hoje há muitas maneiras de fazer isso, e as redes sociais são excelentes canais para expor opiniões e queixas.

Na outra ponta, o consumismo gerado pela própria lógica capitalista não deixa essa roda parar de girar infinitamente, até que o ciclo se quebre, o que só pode acontecer pela consciência daquilo que compramos diariamente.



*Black Sabbath

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Pare de roer a crosta. Há fruta madura ao seu alcance, logo acima de você*

Um belo dia, abri a dispensa daqui de casa e me deparei com um pacote de biscoito polvilho. Refleti por um momento, mas não consegui pensar em nenhum ingrediente daquele singelo biscoito que fosse oriundo da tortura - me lembro, inclusive, de o apelidar de "biscoito de vento" quando criança. Ingenuidade de minha parte, é claro. Ao ler a lista de ingredientes (agora um hábito), descobri que até naquele biscoitinho havia crueldade em pó, ops, leite em pó. Felizmente, achamos essa receitinha no http://gororobanatureba.blogspot.com/ (blog de receitas vegans) e como ela é bem prática e econômica, decidimos experimentá-la. Os biscoitos ficaram uma delícia, além de serem saudáveis, livres de atrocidades e super baratinhos. Por que comprar aquela versão industrializada, então? Faça-os para seu filho, sua família, seu namorado (a) ou para si mesmo, temos certeza que todos irão adorar!
Bon appetit!

Biscoito Polvilho


Ingredientes:
-1 xícara de polvilho azedo (compramos na Casa Pedro - é bem baratinho)
-1/2 xícara de água (120ml)
-1 colher de sobremesa de óleo
-1 colher de chá de sal 

Preparo:
Misture o polvilho e o sal em um pote. Leve a água e o óleo ao fogo e quando ferver jogue no pote com o polvilho e o sal. Vá misturando com uma colher e quando esfriar mexa com a mão. Quando ficar homogêneo e com textura de massa para moldar faça tirinhas, rosquinhas, bolinhas ou a forma que desejar. Quanto mais finas as formas mais crocante vai ficar. Leve ao forno por cerca 20 minutos. Não precisa untar, mas deixe-os bem separados se não eles vão ficar todos grudados (eles crescem bastante).



* H. D. Thoreau

Carne não é verde

domingo, 8 de janeiro de 2012

Sessão Pipoca (sem manteiga)

ZEITGEIST ADDENDUM


É a primeira sequência do Zietgeist. Foi apresentado no 5º “Artivist Film Festival”, onde recebeu o premio máximo. É o grau máximo de ceticismo dentre os outros documentários apresentados aqui.

Ácido, didático e ativista. Zietgeist II mostra o processo de criação da moeda, e demonstra que o sistema monetário tem como base a corrupção e que num sistema assim, é impossível que exista a democracia.

Mostra, através de um relato de um ex-assassino de economias ("Economic Hit Man"), a forma como os EUA derrubaram presidentes eleitos em países de terceiro mundo para por algum ditador ou corrupto em seu lugar a fim de satisfazer às demandas norte-americanas corporativas.
Mostra que, pela primeira vez na história, o povo não sabe que existe um império que o domina, ao contrário de todos os outros impérios como o romano, egípcio, etc.

Como paramos um sistema de ganância e corrupção? Zietgeist vai além da crítica e propõe a “Revolução de Consciência”, uma revolução que antecederia a mudança nos padrões mundiais, do monetário, político, mesquinho e corrupto para um sistema simbiótico, sustentável e verdadeiramente tecnológico.



Leia também: http://movimentozeitgeist.com.br/arquivos/Movimento%20Zeitgeist%20Brasil%20-%20Guia%20de%20Orientacao%20ao%20Ativista.pdf

Quem se importa com camundongos e ratos?


Mais de 100 milhões de camundongos e ratos são mortos nos laboratórios americanos todos os anos. Eles são abusados em tudo, de testes tóxicos (no qual são envenenados lentamente para a morte) a dolorosos e/ou psicológicos experimentos que induzem terror, ansiedade, depressão e desamparo.

Eles são deliberadamente eletrocutados em estudos de dor, são mutilados em cirurgias experimentais e tem de tudo, de cocaína a metanfetamina, sendo bombardeado para seus corpos. A eles são introduzidos tumores cancerígenos e injetados células humanas em experimentos para a manipulação genética.

Investigações do PETA dentro dos laboratórios da University of North Carolina e da University of Utah revelaram que os ratos e camundongos foram manipulados com enormes e dolorosos tumores e doenças mortais. Ratos tinham furos em seus crânios devido a experiências cerebrais invasivas.


Ratos e camundongos são animais com sistema nervoso similar ao nosso. Não é segredo que eles sentem dor, medo, solidão e alegria como nós. Esses animais altamente sociáveis comunicam-se entre si usando sons de alta-frequência que não são escutáveis pelas orelhas humanas. Eles se tornam emocionalmente ligados uns aos outros, amam suas famílias e criam vínculos facilmente com os tutores humanos. O camundongo macho corteja as companheiras com músicas de amor em alta-frequência. Ratos filhotes dão risadas quando lhe fazem cócegas. O ratos não apenas expressam empatia quando outro rato ou um humano que eles conhecem estão em sofrimento, eles também exibem altruísmo, colocando a si mesmo em perigo em vez de permitir que outro ser vivo sofra.

Mas, apesar de esses animais sentirem tanta dor quanto cachorros, gatos e coelhos, eles são excluídos do Animal Welfare Act que extende, pelo menos, alguma proteção a essas espécies.Como camundongos e ratos não são protegidos por lei, pesquisadores não precisam providenciá-los alívio de dor. Enquanto pesquisadores que usam porquinhos da índia devem providenciar a eles o alívio de dor e devem, pelo menos, mostrar que eles estiveram a procura de alternativas modernas para o uso de animais, pesquisadores não devem nem ao menos contar os ratos e camundongos que por eles foram mortos. Uma enquete em 2009 por  pesquisadores na Newcastle University descobriu que ratos e camundongos que foram submetidos a dor, procedimentos invasivos, como cirurgias no crânio, experimentos de queimadura e cirurgias na coluna, foram manipulados com alívio de dor apenas 20% do tempo.

Algumas estimativas indicam que mais de 800 laboratórios americanos não são submetidos as leis e inspeções federais, porque seus experimentos são exclusivos a ratos, camundongos e outros animais cuja utilização não é regulamentada.

Você pode ajudar a fazer a diferença para esses vulneráveis animais, instando os membros do congresso para alterar o Animal Welfare Act, incluindo, assim, a proteção de camundongos e ratos. Por favor, apoie apenas empresas e instituições de caridade que não fazem testes em animais.


Ps: Lembre-se, a imagem do rato que hoje tens assim é porque esse, igualmente a muitos outros animais, foi vítima da urbanização sem controle, da industrialização e do avanço do capitalismo. O esgoto e o lixo não são o habitat natural desse roedor, esses são, na verdade, os únicos (além dos centros de tortura, ops pesquisa) obrigos que hoje o rato dispõe pós a aniquilação das inúmeras florestas que antes habitava. O que desprezas e te enoja não são os animais em si, e sim a própria sujeira que produziste ou contribuíste para produção. 


sábado, 7 de janeiro de 2012

Testar ou não testar, eis a questão?

Avanços Médico-Científicos SEM a Experimentação em Animais
01) Descoberta da relação entre colesterol e doenças cardíacas.
02) Descoberta da relação entre o hábito de fumar e o câncer, e a nutrição e câncer.
03) Descoberta da relação entre hipertensão e ataques cardíacos.
04) Descoberta das causas de traumatismos e os meios de prevenção.
05) Elucidação das muitas formas de doenças respiratórias.
06) Isolamento do vírus da AIDS.
07) Descoberta dos mecanismos de transmissão da AIDS.
08) Descoberta da penicilina e seus efeitos terapêuticos em várias doenças.
09) Descoberta do Raio-X.
10) Desenvolvimento de drogas anti-depressivas e anti-psicóticas.
11) Desenvolvimento de vacinas, como a febre amarela.
12) Descobrimento da relação entre exposição química e seus efeitos nocivos.
13) Descoberta do Fator RH humano.
14) Descoberta do mecanismo de proteína química nas células, incluindo substâncias nucleicas.
15) Desenvolvimento do tratamento hormonal para o câncer de próstata.
16) Descoberta dos processos químicos e fisiológicos do olho.
17) Interpretação do código genético e sua função na síntese de proteínas.
18) Descoberta do mecanismo de ação dos hormônios.
19) Entendimento da bioquímica do colesterol e "hipercolesterolemia" familiar.
20) Produção de "humulina", cópia sintética da insulina humana, que causa menos reações alérgicas.
21) Entendimento da anatomia e fisiologia humana.

50 Conseqüências Fatais da Experimentação em Animais
01) Pensava-se que fumar não provocava câncer, porque câncer relacionado ao fumo é difícil de ser reproduzido em animais de laboratório. As pessoas continuam fumando e morrendo de câncer.

02) Embora haja evidências clínicas e epidemiológicas de que a exposição à benzina causa leucemia em humanos, a substância não foi retida como produto químico industrial. Tudo porque testes apoiados pelos fabricantes para reproduzir leucemia em camundongos a partir da exposição à benzina falharam.

03) Experimentos em ratos, hamsters, porquinhos-da-índia e macacos não revelaram relação entre fibra de vidro e câncer. Não até 1991, quando, após estudos em humanos, a OSHA - Occupational, Safety and Health Administration - os rotulou de cancerígenos

04) Apesar de o arsênico ter sido reconhecido como substância cancerígena para humanos por várias décadas, cientistas encontraram poucas evidências em animais. Só em 1977 o risco para humanos foi estabelecido, após o câncer ter sido reproduzido em animais de laboratório.

05) Muitas pessoas expostas ao amianto morreram, porque cientistas não conseguiram produzir câncer pela exposição da substância em animais de laboratório.

06) Marca-passos e válvulas para o coração tiveram seu desenvolvimento adiado, devido a diferenças fisiológicas entre humanos e os animais para os quais os aparelhos haviam sido desenhados.

07) Modelos animais de doenças cardíacas falharam em mostrar que colesterol elevado e dieta rica em gorduras aumentam o risco de doenças coronárias. Em vez de mudar hábitos alimentares para prevenir a doença, as pessoas mantiveram seus estilos de vida com falsa sensação de segurança.

08) Pacientes receberam medicamentos inócuos ou prejudiciais à saúde, por causa dos resultados de modelos de derrame em animais.

09) Erroneamente, estudos em animais atestaram que os Bloqueadores Beta não diminuiriam a pressão arterial em humanos, o que evitou o desenvolvimento da substância. Até mesmo os vivisseccionistas admitiram que os modelos de hipertensão em animais falharam nesse ponto. Enquanto isso, milhares de pessoas foram vítimas de derrame.
10) Cirurgiões pensaram que haviam aperfeiçoado a Keratotomia Radial (cirurgia para melhorar a visão) em coelhos, mas o procedimento cegou os primeiros pacientes humanos. Isso porque a córnea do coelho tem capacidade de se regenerar internamente, enquanto a córnea humana se regenera apenas superficialmente. Atualmente, a cirurgia é feita apenas na superfície da córnea humana.

11) Transplantes combinados de coração e pulmão também foram "aperfeiçoados" em animais, mas os primeiros três pacientes morreram nos 23 dias subseqüentes à cirurgia. De 28 pacientes operados entre 1981 e 1985, 8 morreram logo após a cirurgia, e 10 desenvolveram Bronquiolite Obliterante , uma complicação pulmonar que os cães submetidos aos experimentos não contraíram. Dos 10, 4 morreram e 3 nunca mais conseguiram viver sem o auxílio de um respirador artificial. Bronquiolite obliterante passou a ser o maior risco da operação

12) Ciclosporin A inibe a rejeição de órgãos e seu desenvolvimento foi um marco no sucesso dos transplantes. Se as evidências irrefutáveis em humanos não tivessem derrubado as frágeis provas obtidas com testes em animais, a droga jamais teria sido liberada.

13) Experimentos em animais falharam em prever toxidade nos rins do anestésico geral metoxyflurano. Muitas pessoas que receberam o medicamento perderam todas as suas funções renais.

14) Testes em animais atrasaram o início da utilização de relaxantes musculares durante anestesia geral.

15) Pesquisas em animais não revelaram que algumas bactérias causam úlceras, o que atrasou o tratamento da doença com antibióticos.

16) Mais da metade dos 198 medicamentos lançados entre 1976 e 1985 foram retirados do mercado ou passaram a trazer nas bulas efeitos colaterais, que variam de severos a imprevisíveis. Esses efeitos incluem complicações como disritmias letais, ataques cardíacos, falência renal, convulsões, parada respiratória, insuficiência hepática e derrame, entre outros.

17) Flosin (Indoprofeno), medicamento para artrite, testado em ratos, macacos e cães, que o toleraram bem. Algumas pessoas morreram após tomar a droga.

18) Zelmid, um antidepressivo, foi testado sem incidentes em ratos e cães. A droga provocou sérios problemas neurológicos em humanos.

19) Nomifensina, um outro antidepressivo, foi associado a insuficiência renal e hepática, anemia e morte em humanos. Testes realizados em animais não apontaram efeitos colaterais.

20) Amrinone, medicamento para insuficiência cardíaca, foi testado em inúmeros animais e lançado sem restrições. Humanos desenvolveram trombocitopenia, ou seja, ausência de células necessárias para coagulação.

21) Fialuridina, uma medicação antiviral, causou danos no fígado de 7 entre 15 pessoas. Cinco acabaram morrendo e as outras duas necessitaram de transplante de fígado. A droga funcionou bem em marmotas.

22) Clioquinol, um antidiarréico, passou em testes com ratos, gatos, cães e coelhos. Em 1982 foi retirado das prateleiras em todo o mundo após a descoberta de que causa paralisia e cegueira em humanos.

23) A medicação para a doença do coração Eraldin provocou 23 mortes e casos de cegueira em humanos, apesar de nenhum efeito colateral ter sido observado em animais. Quando lançado, os cientistas afirmaram que houve estudos intensivos de toxidade em testes com cobaias. Após as mortes e os casos de cegueira, os cientistas tentaram sem sucesso desenvolver em animais efeitos similares aos das vítimas.
24) Opren, uma droga para artrite, matou 61 pessoas. Mais de 3500 casos de reações graves têm sido documentados. Opren foi testado sem problemas em macacos e outros animais.

25) Zomax, outro medicamento para artrite, matou 14 pessoas e causou sofrimento a muitas.

26) A dose indicada de isoproterenol, medicamento usado para o tratamento de asma, funcionou em animais. Infelizmente, foi tóxico demais para humanos, provocando na Grã-Bretanha a morte de 3500 asmáticos por overdose. Os cientistas ainda encontram dificuldades de reproduzir resultados semelhantes em animais.

27) Metisergide, medicamento usado para tratar dor de cabeça, provoca fibrose retroperitonial ou severa obstrução do coração, rins e veias do abdômen. Cientistas não estão conseguindo reproduzir os mesmos efeitos em animais.

28) Suprofen, uma droga para artrite, foi retirada do mercado quando pacientes sofreram intoxicação renal. Antes do lançamento da droga, os pesquisadores asseguraram que os testes tiveram "perfil de segurança excelente, sem efeitos cardíacos, renais ou no SNC (Sistema Nervoso Central) em nenhuma espécie".

29) Surgam, outra droga para artrite, foi designada como tendo fator protetor para o estômago, prevenindo úlceras, efeito colateral comum de muitos medicamentos contra artrite. Apesar dos resultados em testes feitos em animais, úlceras foram verificadas em humanos.
30) O diurético Selacryn foi intensivamente testado em animais. Em 1979, o medicamento foi retirado do mercado depois que 24 pessoas morrerem por insuficiência hepática causada pela droga.

31) Perexilina, medicamento para o coração, foi retirado do mercado quando produziu insuficiência hepática não foi prognosticada em estudos com animais. Mesmo sabendo que se tratava de um tipo de insuficiência hepática específica, os cientistas não conseguiram induzi-la em animais.
32) Domperidone, droga para o tratamento de náusea e vômito, provocou batimentos cardíacos irregulares em humanos e teve que ser retirada do mercado. Cientistas não conseguiram produzir o mesmo efeito em cães, mesmo usando uma dosagem 70 vezes maior.
33) Mitoxantrone, usado em um tratamento para câncer, produziu insuficiência cardíaca em humanos. Foi testado extensivamente em cães, que não manifestaram os mesmos sintomas.

34) A droga Carbenoxalone deveria prevenir a formação de úlceras gástricas, mas causou retenção de água a ponto de causar insuficiência cardíaca em alguns pacientes. Depois de saber os efeitos da droga em humanos, os cientistas a testaram em ratos, camundongos, macacos e coelhos, sem conseguirem reproduzir os mesmos sintomas.

35) O antibiótico Clindamicyn é responsável por uma condição intestinal em humanos chamada colite pseudomembranosa. O medicamento foi testado em ratos e cães, diariamente, durante um ano. As cobaias toleraram doses 10 vezes maiores que os seres humanos.

36) Experiências em animais não comprovaram a eficácia de drogas como o valium, durante ou depois de seu desenvolvimento.

37) A companhia farmacêutica Pharmacia & Upjohn descontinuou testes clínicos dos comprimidos de Linomide (roquinimex) para o tratamento de esclerose múltipla, após oito dos 1200 pacientes sofrerem ataques cardíacos em conseq¸ência da medicação. Experimentos em animais não previram esse risco.

38) Cylert (pemoline), um medicamento usado no tratamento de Déficit de Atenção/Hiperatividade, causou insuficiência hepática em 13 crianças. Onze delas ou morreram ou precisaram de transplante de fígado.

39) Foi comprovado que o Eldepryl (selegilina), medicamento usado no tratamento de Doença de Parkinson, induziu um grande aumento da pressão arterial dos pacientes. Esse efeito colateral não foi observado em animais, durante o tratamento de demência senil e desordens endócrinas.

40) A combinação das drogas para dieta fenfluramina e dexfenfluramina - ligadas a anormalidades na válvula do coração humano - foram retiradas do mercado, apesar de estudos em animais nunca terem revelado tais anormalidades.

41) O medicamento para diabetes troglitazone, mais conhecido como Rezulin, foi testado em animais sem indicar problemas significativos, mas causou lesão de fígado em humanos. O laboratório admitiu que ao menos um paciente morreu e outro teve que ser submetido a um transplante de fígado.

42) Há séculos a planta Digitalis tem sido usada no tratamento de problemas do coração. Entretanto, tentativas clínicas de uso da droga derivada da Digitalis foram adiadas porque a mesma causava pressão alta em animais. Evidências da eficácia do medicamento em humanos acabaram invalidando a pesquisa em cobaias. Como resultado, a digoxina, um análogo da Digitalis, tem salvo inúmeras vidas. Muitas outras pessoas poderiam ter sobrevivido se a droga tivesse sido lançada antes.

43) FK506, hoje chamado Tacrolimus, é um agente anti-rejeição que quase ficou engavetado antes de estudos clínicos, por ser extremamente tóxico para animais. Estudos em cobaias sugeriram que a combinação de FK506 com cyclosporin potencializaria o produto. Em humanos ocorreu exatamente o oposto.

44) Experimentos em animais sugeriram que os corticosteróides ajudariam em casos de choque séptico, uma severa infecção sang¸ínea causada por bactérias. Em humanos, a reação foi diferente, tendo o tratamento com corticosteróides aumentado o índice de mortes em casos de choque séptico.

45) Apesar da ineficácia da penicilina em coelhos, Alexander Fleming usou o antibiótico em um paciente muito doente, uma vez que ele não tinha outra forma de experimentar. Se os testes iniciais tivessem sido realizados em porquinhos-da-índia ou em hamsters, as cobaias teriam morrido e talvez a humanidade nunca tivesse se beneficiado da penicilina. Howard Florey, ganhador do Premio Nobel da Paz, como co-descobridor e fabricante da penicilina, afirmou: "Felizmente não tínhamos testes em animais nos anos 40. Caso contrário, talvez nunca tivéssemos conseguido uma licença para o uso da penicilina e, possivelmente, outros antibióticos jamais tivessem sido desenvolvidos.

46) No início de seu desenvolvimento, o flúor ficou retido como preventivo de cáries, porque causou câncer em ratos.

47) As perigosas drogas Talidomida e DES foram lançadas no mercado depois de serem testadas em animais. Dezenas de milhares de pessoas sofreram com o resultado (*nota do tradutor: A Talidomina foi desenvolvida em 1954 destinada a controlar ansiedade, tensão e náuseas. Em 1957 passou a ser comercializada e em 1960 foram descobertos os efeitos teratogênicos provocados pela droga, quando consumida por gestantes: durante os 3 primeiros meses de gestação interfere na formação do feto, provocando a focomelia que é o encurtamento dos membros junto ao tronco, tornando-os semelhantes aos de focas.)

48) Pesquisas em animais produziram dados equivocados sobre a rapidez com que o vírus HIV se reproduz. Por causa do erro de informação, pacientes não receberam tratamento imediato e tiveram suas vidas abreviadas.

49) De acordo com o Dr. Albert Sabin, pesquisas em animais prejudicaram o desenvolvimento da vacina contra o pólio. A primeira vacina contra pólio e contra raiva funcionou bem em animais, mas matou as pessoas que receberam a aplicação.

50) Muitos pesquisadores que trabalham com animais ficam doentes ou morrem devido à exposição a microorganismos e agentes infecciosos inofensivos para animais, mas que podem ser fatais para humanos, como por exemplo o vírus da Hepatite B.

Tempo, dinheiro e recursos humanos devotados aos experimentos com animais poderiam ter sido investidos em pesquisas com base em humanos. Estudos clínicos, pesquisas in-vitro, autópsias, acompanhamento da droga após o lançamento no mercado, modelos computadorizados e pesquisas em genética e epidemiologia não apresentam perigo para os seres humanos e propiciam resultados precisos.

Importante salientar que experiências em animais têm exaurido recursos que poderiam ter sido dedicados à educação do público sobre perigos para a saúde e como preservá-la, diminuindo assim a incidência de doenças que requerem tratamento.

Experimentação Animal não faz sentido. A prevenção de doenças e o lançamento de terapias eficazes para seres humanos está na ciência que tem como base os seres humanos.

                     

Você sabia?


  • Na Europa muitas faculdades de medicina não utilizam mais animais, nem mesmo nas matérias práticas como técnica cirúrgica e cirurgia, oferecendo substitutivos em todos os setores.


  • Na Inglaterra e Alemanha, a utilização de animais na educação médica foi abolida. Sendo que na Grã-Bretanha (Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda) é contra a lei estudantes de medicina praticarem cirurgia em animais. Note-se que os médicos britânicos são comprovadamente tão competentes quanto quaisquer outros.


  • A produção de anticorpos monoclonais por meio de animais foi banida na Suíça, Holanda, Alemanha, Inglaterra e Suécia.


  • Na Itália, entre 2000 e 2001 mais de um terço das universidades abandonaram a utilização de animais para fins didáticos. A Província de Sul de Tirol, Itália, proibiu a experimentação em animais ao longo de seu território.


  • Nos EUA, mais de 100 faculdades de Medicina (70%) não utilizam animais vivos nas aulas práticas. As principais instituições de ensino da Medicina, como a Harvard, Stanford e Yale julgam os laboratórios com animais vivos desnecessários para o treinamento médico.

Se até eles já sabem que é errado, por que continuas a contribuir com isso?
Índios, negros, mulheres, homossexuais... ANIMAIS, quando permitirás chegar a vez deles?
Boicote as empresas que ainda fazem testes em animais!






sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

White Rabbit*




*Jefferson Airplane

Livre de Crueldade!

Já sabíamos que inúmeros produtos que consumimos diariamente ou são propriamente de origem animal ou foram testados nesses antes de lotarem as prateleiras de nossos supermercados. O que desconhecíamos, no entanto, é que um número exorbitante de marcas que confiávamos cegamente todos os dias para proporcionar o bem-estar de nossas famílias fazem uso dessa atrocidade. O PETA lançou a pouco tempo uma lista em seu site das companhias que ainda fazem uso da crueldade para atingir fins lucrativos e, de verdade,  a lista é assustadora. Provavelmente, assim como nós, perceberás que tudo o que fazes, desde escovar os dentes, lavar as mãos e o cabelo a se perfumar e se maquiar para uma festa, é contribuir diretamente para o sofrimento constante de seres inocentes. Confira você mesmo: http://www.peta.org/living/beauty-and-personal-care/companies/search.aspx?Testing=1&PageIndex=9
Se pensas que nada pode fazer para ajudar esses animais, estás completamente enganado. Algumas empresas já se libertaram dessa tirania, proporcionando-nos, assim, produtos de qualidade desacompanhados dos brindes anteriores: tortura, sofrimento, matança, etc. Essas verificam a segurança de seus produtos via modelos de computador; in vitro (tubo de ensaio); em pele humana clonada ou usando ingredientes já listados no registro da FDA de substâncias consideradas seguras. No próprio site do PETA pode-se encontrar uma lista "cruelty-free" e o PEA também disponibilizou uma lista, sendo essa mais voltada para o mercado nacional (http://www.pea.org.br/crueldade/testes/lista.htm).
Terça-feira passada fomos a diversas farmácias procurar por produtos de higiene pessoal (sabonete, shampoo, paste de dente e desodorante) que dispensassem o teste em animais. Como infelizmente esquecemos a lista do PEA em casa e só lembrávamos de poucos nomes, não foi possível achá-los com tanta facilidade. No entanto, compramos sabonete, pasta de dente e desodorante por um preço bem em conta (muito mais barato se tivéssemos comprado os que antes estávamos habituados a usar). Então, além de economizares dinheiro para outras aquisições (livros, por exemplo), deixarás de contribuir com isso (http://www.pea.org.br/crueldade/testes/):


Teste de Irritação dos Olhos: É utilizado para medir a ação nociva dos ingredientes químicos encontrados em produtos de limpeza e em cosméticos. Os produtos são aplicados diretamente nos olhos dos animais conscientes. Os coelhos são os animais mais utilizados nos testes Draize, pois são baratos e fáceis de manusear. Seus olhos grandes facilitam a observação dos resultados. Para prevenir a que arranquem seus próprios olhos (auto-mutilação), os animais são imobilizados em suportes, de onde somente as suas cabeças se projetam. É comum que seus olhos sejam mantidos abertos permanentemente através de clips de metal que seguram suas pálpebras. Durante o período do teste, os animais sofrem de dor extrema, uma vez, que não são anestesiados. Embora 72 horas geralmente sejam suficientes para a obtenção de resultado, a prova pode durar até 18 dias. Muitas vezes, usam-se os dois olhos de um mesmo coelho para diminuir custos. As reações observadas incluem processos inflamatórios das pálpebras e íris, úlceras, hemorragias ou mesmo cegueira. No final do teste os animais são mortos para averiguar os efeitos internos das substâncias experimentadas. No entanto, os olhos de coelho são um modelo pobre para olhos humanos.
- a espessura, estrutura de tecido e bioquímica das córneas do coelho e do humano são diferentes;
- coelhos têm dutos lacrimais mínimos (quase não produzem lágrimas);
- resultados de testes são sujeitos às interpretações ambíguas;
- o que aparenta ser um dano grave para um técnico pode parecer brando para um outro.

Teste Draize de Irritação Dermal: Consiste em imobilizar o animal enquanto substâncias são aplicadas em peles raspadas e feridas (fita adesiva é pressionada firmemente na pele do animal e arrancada violentamente; repete-se esse processo até que surjam camadas de carne viva). Substâncias aplicadas à pele tosada do animal. Observam-se sinais de enrijecimento cutâneo, úlceras, edema etc..

Teste LD 50: Abreviatura do termo inglês Lethal Dose 50 Perercent (dose letal 50%). Criado em 1920, o teste serve para medir a toxicidade de certos ingredientes. Cada teste LD 50 é conduzido por alguns dias e utiliza 200 ou mais animais. A prova consiste em forçar um animal a ingerir uma determinada quantidade de substância, através de sonda gástrica. Isso muitas vezes produz a morte por perfuração. Os efeitos observados incluem dores angustiantes, convulsões, diarréia, dispnéia, emagrecimento, postura anormal, epistaxe, supuração, sangramento nos olhos e boca, lesões pulmonares, renais e hepáticas, coma e morte. Continua-se a administrar o produto, até que 50% do grupo experimental morra. A substância também pode ser administrada por via subcutânea, intravenosa, intraperitoneal, misturada à comida, por inalação, via retal ou vaginal. As cobaias utilizadas incluem ratos, coelhos, gatos, cachorros, cabras e macacos. No fim do teste, os animais que sobrevivem são sacrificados. Anualmente, cerca de 4 a 5 milhões de animais nos EUA são obrigados a inalar e a ingerir (por tubo inserido na garganta) loções para o corpo, pasta dental, amaciantes de roupa e outras substâncias potencialmente tóxicas. Mesmo quando o LD 50 é usado para testar substâncias claramente seguras, é praxe buscar a concentração que forçará a metade dos animais à morte. Assim os animais têm de ser expostos a exorbitantes quantidades da substâncias proporcionalmente impossíveis de serem ingeridas acidentalmente por um ser humano. Este teste não se constitui em método científico confiável, haja vista que os resultados são afetados pela espécie, idade, sexo dos animais, bem como as condições de alojamento, temperatura, hora do dia, época do ano e o método de administração da substância. Um prognóstico seguro da dose letal para os humanos é impossível de ser detectado através dos animais.

Testes de Toxidade Alcoólica e Tabaco: Animais são obrigados a inalar fumaça e se embriagar, para que depois serem dissecados, a fim de estudar os efeitos de suas substâncias no organismo. Mesmo sabendo que tais efeitos já são mais do que conhecidos.

Experimentos de Comportamento e Aprendizado: A finalidade é o estudo do comportamento de animais submetidos a todo tipo de privação (materna, social, alimentar, de água, de sono etc.), inflição de dor para observações do medo, choques elétricos para aprendizagem e indução a estados psicológicos estressantes. Muitos desses estudos são realizados através da abertura do cérebro em diversas regiões e da implantação de eletrodos no mesmo, visando ao estímulo de diferentes áreas para estudo fisiológico. Alguns exemplos: Animais têm parte do cérebro retirada e são colocados em labirintos para que achem a saída; animais com eletrodos implantados no cérebro são ensinados a conseguir comida apertando um botão, caso apertem um botão errado recebem um choque elétrico; animais operados e com estado meramente vegetativo são deixados durante dias inteiros em equilíbrio, sobre plataformas cercadas de água, para evitar que durmam. Filhotes recém nascidos são separados de suas mães etc..

Experimentos Armamentistas: Os animais são submetidos a testes de irradiação de armas químicas (apresentando sintomas como vômito, salivação intensa e letargia). São usados em provas biológicas (exposição à insetos hematófagos); testes balísticos (os animais servem de alvo); provas de explosão (os animais são expostos ao efeito bomba); testes de inalação de fumaça, provas de descompressão, testes sobre a força da gravidade, testes com gases tóxicos. São baleados na cabeça, para estudo da velocidade dos mísseis. Os animais normalmente usados são ovelhas, porcos, cães, coelhos, roedores e macacos. Os testes são executados meramente para testar a eficiência de armas de guerra, e não para aperfeiçoar o tratamento de vítimas de guerra.

Pesquisa de Programa Espacial: Em geral são usados macacos e cães. Normalmente os animais são lançados ao espaço por meio de balões, foguetes, cápsulas espaciais, mísseis e pára-quedas. São avaliados os parâmetros fisiológicos das cobaias por meio de fios, agulhas, máscara etc. Testes comportamentais e de força da gravidade também são realizados.

Teste de Colisão: Os animais são lançados contra paredes de concreto. Babuínos, fêmeas grávidas e outros animais são arrebentados e mortos nesta prática.

Pesquisas Dentárias: Os animais são forçados a manter uma dieta nociva com açúcaresdurante três semanas ou têm bactérias introduzidas em suas bocas para estimular a decomposição dos dentes. Depois disso, são submetidos aos testes odontológicos. Muitas vezes, os animais têm suas gengivas descoladas e a arcada dentária removida. Os animais mais usados são macacos, cães e camundongos.

Dissecação: Animais são dissecados vivos nas universidades e outros centros de estudo.

Cirurgias Experimentais e Práticas Médico-Cirúrgicas: Cães, gatos, macacos e porcos são usados como modelos experimentais para o desenvolvimento de novas técnicas-cirúrgicas ou aperfeiçoamento das já existentes. Cirurgias toráxicas, abdominais, ortopédicas, neurológicas, transplantes são constantemente realizadas. Não é raro ver animais mutilados, tendo seus membros quebrados, costurados, decapitado sem nenhum uso de anestesia!

Experimentação Animal na Educação: São várias as finalidades dos experimentos realizados com animais em universidades brasileiras: observação de fenômenos fisiológicos e comportamento a partir da administração de drogas; estudos comportamentais de animais em cativeiro; conhecimento da anatomia interna; e desenvolvimento de habilidades e técnicas cirúrgicas. Os experimentos são comuns em cursos de Medicina Humana e veterinária, Odontologia, Psicologia, Educação Física, Biologia, Química, Enfermagem, Farmácia e Bioquímica. Essas práticas vêm sendo severamente criticadas por educadores e profissionais. Seus argumentos são de ordem ética e, em alguns casos, técnica, levantados em favor de educação mais inteligente e responsável. Abaixo estão descrições breves dos experimentos mais encontrados nas universidades:

Miografia: Um músculo esquelético, geralmente da perna, é retirado da rã ainda viva para estudar a resposta fisiológica a estímulos elétricos.

Sistema Nervoso: Uma rã é decapitada e um instrumento pontiagudo é introduzido repetidamente na sua espinha dorsal, observando-se o movimento dos músculos esqueléticos do restante do corpo.

Sistema Cardiorespiratório: Um cão é anestesiado, tem seu tórax aberto e observa-se os movimentos pulmonares e cardíacos. Em seguida aplicam-se drogas, como adrenalina e acetilcolina, para análise da resposta dos movimentos cardíacos. Outras intervenções podem ser realizadas. Por fim, o animal é morto.

Anatomia Interna: Diversos animais podem ser utilizados para tal finalidade. Geralmente são mortos ou são sacrificados como parte do exercício, com éter ou anestesia intravenosa.

Estudos Psicológicos: Ratos, porcos-da-índia ou pequenos macacos podem ser utilizados como instrumento de estudo. São vários os experimentos realizados. Privação de alimentos ou água (caixa de Skinner, por exemplo); experimentos com cuidado materno (a prole é separada dos genitores); indução de estresse (utilizando-se choques elétricos, por exemplo); comportamento social em indivíduos artificialmente debilitados ou caracterizados. Alguns animais são mantidos durante toda a vida em condições de experimentos, outros são mortos pelas condições extremas de estresse ou quando não podem mais ser reutilizados.

Habilidades Cirúrgicas: Muitos animais, geralmente vivos, podem utilizados para estas práticas.

Farmacologia: Geralmente pequenos mamíferos, como ratos e camundongos. Drogas são injetadas intravenosas, intramuscular ou diretamente no estômago (via trato digestivo por catéter ou injeção). Os efeitos são visualizados e registrados.


A abolição total dos testes em animais depende única e exclusivamente de nós consumidores. Hoje, com as informações disponíveis, podemos escolher entre produtos testados e não testados em animais. Nós devemos pressionar e exigir o fim da utilização de animais pelas empresas que ainda insistem em utilizar esse método retrógrado, ineficiente e cruel. Mas, mais importante ainda, é fazer com que as indústrias saibam do nosso descontentamento com seus métodos de pesquisa. Não adianta parar de usar um produto sem comunicar a empresa sobre as razões que motivaram essa decisão. Como consumidores, devemos exigir que nossas dúvidas sejam devidamente sanadas, uma vez que toda e qualquer empresa tem o dever de nos informar sobre o produto que estão vendendo, desde a matéria prima, fabricação, até os testes.



quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Never Be Silent


Todos os dias, animais perdem suas vidas de maneiras terríveis. Da fazenda industrial para a mesa de jantar, eles são mutilados, amontoados em gaiolas e mortos de maneira dolorosa. Eles são algemados, espancados e forçados a atuar para o entretenimento. Eles são envenenados e cegos em experimentos. E eles são esfolados vivos para a moda. Eles sofrem, mas eles não podem pedir para abuso parar. Isso é conosco. Prometa nunca mais ficar em silêncio em face de abuso e exploração. Encontre a sua voz - aqui e agora.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Sessão Pipoca (sem manteiga)

ZEITGEIST 


Se você está satisfeito achando que as crises financeiras são coisas do azar, que quem planejou o ataque às torres do WTC foram uns barbudos escondidos numas cavernas no meio do deserto e que o Deus bíblico vai te salvar, então não assista a esse documentário.

Zietgeist foi um documentário lançado gratuitamente no Google vídeo, onde atingiu a marca dos vídeos mais vistos. Depois disso, foi apresentado no 4º “Artivist Film Festival” onde foi premiado. Apresenta o Cristianismo, os ataques de 11 de setembro e o “US Federal Reserve Bank” como instrumentos de controle social e de dominação.


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O verdadeiro espírito natalino



A adolescente do Reino Unido, Mekeeda Austin (13 anos) fez uma lista de presentes que deseja receber do Bom Velinho, e o ameaçou de morte se não recebesse o que deseja.

Na sua lista de presentes, a garota pedia dinheiro, óculos escuros, um Blackberry e até o próprio Justin Bieber. O Noel tinha o direito de escolher duas alternativas, ou seria assasinado pela própria garotinha decepcionada que escreveu, “Quero dois desta lista, ou você morre.”

O engraçado é que ela se considera uma boa menina, e não vê nenhum motivo para estar na lista de meninos malvados. Afirma a garota: “Não vejo nenhum problema. Quero todas essas coisas e não vejo motivo de não ganhá-las”.

A sua vingança cairia até mesmo sobre as renas que puxam o trenó. Mekeeda detalha neste trecho: “Vou caçar as suas renas, cozinhá-las e servir sua carne para as pessoas desabrigadas no dia de natal.”


A mãe da adolescente não vê mal algum, pretende atender aos pedidos da filha e ainda comenta no jornal local: “Quando eu encontrei a carta, achei engraçado. Agora eu penso que o melhor é fazer o que ela quer. Não quero ver seu lado mau”.

Noel que se cuide.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Wasted Days

Um ano é definido por convenção como o período de tempo (física clássica) de 365 dias e algumas horas. No dia 1 de janeiro às 0:00 horas a Terra está no início e fim de sua trajetória. Milhões de pessoas se mobilizam todo ano para comemorar esse momento sem saber o real porquê.
Será a "beleza" dos fogos? Fogos esses que na verdade só existem porque todos estão reunidos em festa.
Será a preocupação com o meio ambiente? Centenas de toneladas de lixo são recolidas todo ano apenas no Rio de Janeiro.
Será a preocupação com os animais? Peru e chester estão de volta do natal para a comemoração e mesmo que não estejam presentes a refeição comum brasileira apresenta alto teor de tortura naturalmente.
Será a preocupação com as pessoas necessitadas do mundo? "Primeiro eu depois elas", "Isso é outro caso", "Não podemos fazer nada", "Vamos beber e nos divertir!"
Beber e se divertir. Isso sim que é o réveillon, apenas uma desculpa esfarrapada que se inventou para justificar atos insensatos pós alto teor alcoólico. Mais uma data, mais uma tradição. É estúpido como algumas tradições são vistas como ultrapassadas enquanto outras continuam  sendo um fenômenos de estrema importância. O mais estúpido, no entanto, são as superstições relacionadas a essa data. Você sabia que para um ano próspero e virtuoso o primeiro passo é comprar uma roupa nova? O visual da noite da virada é essencial, mas não compre qualquer coisa, é claro. Lembre-se, as cores são fundamentais e definem seu futuro. Não consegue decidir se quer paz, amor, esperança ou dinheiro? Não importa, use todas, mas cuidado, uma escolha errada só poderá ser reparada após 365 dias, quando novamente terás que escolher o que consideras mais essencial para os próximos 12 meses e assim sucessivamente. E o mais importante: nunca, nunca mesmo, use preto.
Como alguém consegue acreditar nisso? Um ano sem dinheiro não assim foi porque preferiste o vermelho ao amarelo na madrugada do dia 1°, assim como um ano sem paz não assim foi porque preferiste o verde ao branco. O que a ti padece são reflexos de teus atos e escolhas reais, acoplados ao que o mundo capitalista te impõe. Usar como pretexto de falha uma superstição absurda é um ato demente e covarde. Cuidado com o espelho, se ele quebrar terás sete anos de azar, não importa o que faças. Mas tudo bem, o ser humano não tem nada mais importante para se preocupar além da cor de suas roupas íntimas, tudo está na mais perfeita ordem mesmo.
Dizer-se racional não basta, atitudes racionais são necessárias. Por que todos no mundo não se mobilizam um dia para plantar árvores? Ou para ajudar crianças carentes? Ou para limpar as ruas? Ou para libertar os animais? Ou para acudir um continente (quase) inteiro chamado África? Ou, ou , ou. Há tanto a se fazer e nada sendo feito (além de reclamações, obviamente). Fala-se que o final do ano é uma época de solidariedade, na qual as pessoas se unem numa grande festa como iguais, comemorando juntas o ano que está por vir. Balela, todos ali estão preocupados apenas consigo mesmo, com sua própria diversão, comemorando sabe-se lá o que e, é claro, bebendo, bebendo demasiadamente. É um tempo precioso que está sendo desperdiçado, enquando atitudes dignas de racionalidade deveriam estar sendo tomadas.